O marcador “juventudes” tem sido alvo de significativos estudos nos últimos anos, tendo em vista o seu caráter de intersecção entre vários domínios e ações de diferentes atores.

Desde uma análise do “sujeito problema” ao “sujeito político” as pesquisas têm demonstrado a potencialidade desse marcador para pensarmos os meandros governamentais para/na gestão dessa parte da população. Logo, em tempos de desmantelo de ensino superior e uma retomada acelerada das políticas de “lei e ordem”, propor uma discussão voltada para esse segmento populacional, por meio de um panorama de políticas públicas, apresenta-se como um potente instrumento para questionarmos as práticas de gestão e governança no presente. 

Assim, nosso objetivo com esta proposta é discutir o papel dos jovens como sujeitos sociais de políticas públicas desenvolvidas nos últimos dez anos, em solo brasileiro, visando destacar as condições atuais dessas ações envolvendo tais atores. Com isto, pretendemos abordar a formação do Estatuto da Juventude, promulgado em 2013, suas condições de possibilidade, bem como políticas que enfrentam a entrada e permanência de jovens no ensino superior, além de ações que instauram políticas de redução da mortalidade juvenil, destacando, assim, pautas que adentram o campo educacional e o de segurança pública. 

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